Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

domingo, 14 de outubro de 2012

Estudo comprova: rir é mesmo o melhor remédio contra dor


Medicina

Ao gargalhar, homem libera endorfina no organismo e tolera até 10% mais a dor

Rir é o melhor negócio: gargalhadas ajudam a diminuir a sensação de dor a criar laços sociais e afetivos
Rir é o melhor negócio: gargalhadas ajudam a diminuir a sensação de dor a criar laços sociais e afetivos (Thinkstock)
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, comprova a popular frase que garante: o riso é o melhor remédio. Isso porque, segundo a pesquisa, dar uma boa risada pode reduzir a sensação de dor. O riso teria sido, ainda, importantíssimo para nosso ancestrais: a risada permitiu que o homem tribal formasse grupos maiores do que as espécies de macacos. A pesquisa foi publicada no periódico Proceedings of the Royal Society B.
A ação analgésica da gargalhada é causada pela liberação de endorfina no organismo. Além de criar um estado leve de euforia, essa substância química também amenizaria a sensação de dor. “É o esvaziamento dos pulmões que causa esse efeito. É exatamente o que acontece quando dizemos ‘ri até doer’. Aparentemente, é essa dor que produz o efeito endorfina”, disse Robin Dunbar, da Universidade de Oxford e coordenador do estudo, em entrevista à  rede britânica BBC.
Pesquisa – Durante o levantamento de dados, os cientistas analisaram primeiro os limiares de dor dos voluntários. Quanto mais alto o limiar, menor é a sensação de dor que a pessoa sente. Em seguida, os indivíduos foram divididos em dois grupos: aqueles que assistiram a 15 minutos de vídeos de comédias e aqueles que viram um material considerado chato, como programas de golfe.
Descobriu-se, então, que os voluntários que haviam gargalhado eram capazes de suportar até 10% a mais de dor, do que antes de rirem. Para surpresa dos cientistas, o grupo que assistiu aos programas considerados chatos se mostrou menos capaz de aguentar a dor após verem o conteúdo.
O tipo de riso, no entanto, fez diferença no limiar de dor. Sorrisos discretos e risadas não provocaram quaisquer efeitos fisiológicos, apenas as gargalhadas. Comédias do tipo pastelão pareceram atingir os efeitos mais notáveis.
Social – O objetivo do estudo da equipe de Dunbar não foi, no entanto, desenvolver um novo tratamento, mas sim explorar o papel do riso no estabelecimento das sociedades há dois milhões de anos. Todos os macacos, por exemplo, são capazes de dar risada, mas apenas o homem consegue fazer isso movimentando a barriga.
Segundo Dunbar, a gargalhada e, consequentemente, a endorfina deixa as pessoas mais suscetíveis a desenvolver laços pessoais. Se a hipótese levantada pela pesquisa do cientista for comprovada futuramente, ela pode explicar por que os primeiros humanos foram capazes de criar comunidades com mais de 100 pessoas – enquanto os macacos, por exemplo, se reuniam em grupo com no máximo 50 animais.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

tagarela compulsivo: Encantamento

É tão bom saber que nosso trabalho cumpre com seus objetivos!
Agradecimentos ao nosso Amigo de Fibra Gustavo Nascimento pela publicação, falando "da gente" em seu blog.
Deus o abençoe querido Amigo de Fibra!

tagarela compulsivo: Encantamento: Existem coisas, fatos e pessoas que mudam nossas vidas de modo irreversível - não vou falar de eventos e incidentes ruins, ok, este post não...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Fibromialgia é doença pouco conhecida da população


Pacientes fibromiálgicos desconhecem a doença e não buscam tratamento
Dores musculares difusas (pelo corpo todo) e crônicas (recorrente há mais de três meses), distúrbios do sono, fadiga, ansiedade, depressão e problemas gastrointestinais. Esses são alguns sintomas de uma doença que é pouco conhecida da população mas que pode acarretar graves conseqüências para a qualidade de vida do paciente: a fibromialgia.
Estudo da Faculdade de Medicina (FM), da USP realizado no município de Embu das Artes, em São Paulo, revelou que 24% da população estava propensa a desenvolver a fibromialgia mas nenhum paciente tinha conhecimento sobre a doença. “Essas pessoas vivem mal e existem em uma quantidade consideravelmente grande, sem saber procurar tratamento adequado”, comenta uma das autoras da pesquisa, a fisioterapeuta Cristina Capela.

A pesquisadora ressalta que os “fibromiálgicos” e “pré-fibromiálgicos” (que podem desenvolver a doença) muitas vezes vêem seu quadro se agravar por falta de informação, ocasionando uma vida cada vez mais difícil devido às dores difusas e crônicas e ao freqüente quadro depressivo que normalmente é tratado com terapia medicamentosa. Apesar de ser uma doença cujas causas ainda são desconhecidas, é possível amenizar os sintomas com exercícios aeróbicos, alongamentos, massoterapia, acupuntura, hidroterapia, laserterapia, entre outros recursos.No entanto, o primeiro passo é identificar o problema. “As pessoas tendem a tratar cada problema de maneira isolada. Por exemplo, vão ao ortopedista dizer que têm dor na perna. Aí vão ao psicólogo tratar a depressão. Depois passam pelo cardiologista para falar que o coração não está bom. Cada queixa será tratada com um remédio diferente, sendo que todos esses sintomas juntos são facilmente identificados pelo reumatologista como um quadro de Síndrome da Fibromialgia e, dessa forma, o paciente poderia ser encaminhado para tratamentos que amenizem os sintomas”, enfatiza Cristina.
Perguntas
O estudo abordou nove Unidades Básicas de Saúde (UBS) +3 da cidade de Embu das Artes. Foram entrevistadas 768 pessoas cadastradas nos postos no ano de 2003. Os entrevistados foram questionados quanto à presença ou não de dor e à qualidade do sono. Todos foram convidados a participar de uma avaliação na UBS mais próxima de sua residência. Destes, 304 compareceram ao exame físico e responderam também a um questionário para avaliar os sintomas que freqüentemente estão associados a esta síndrome. Foi então que chegou-se ao resultado de que 4,4% da população de Embu já tinha fibromialgia, mas 20% pode desenvolver a doença por apresentar dores difusas e crônicas e forte correlação com os sintomas associados.Na primeira etapa da pesquisa, por telefone, os pacientes diziam onde sentiam dor, há quanto tempo isso os incomodava e respondiam sobre a presença dos sintomas da doença. Depois, no exame físico, foram testados os 18 “pontos dolorosos”, ou seja, foi aplicada uma certa pressão sobre as regiões “com dor”. Se existissem pelo menos 11 pontos específicos em que a pressão não fosse suportável e, além disso, se apresentassem fadiga, distúrbio do sono, ansiedade e depressão, então ele era diagnosticado como fibromiálgico. Projeto
A dissertação Avaliação da dor, qualidade de vida e sintomas secundários da fibromialgia na população de Embu: ansiedade e depressão, de Cristina faz parte de um projeto chamado Prevalência de fibromialgia e sintomas associados na população de Embu, município da Grande São Paulo, de autoria da professora Amelia Pasqual Marques, que contou, ao todo, com duas dissertações e três iniciações científicas para ser concluído. É apenas o segundo grande estudo sobre esta síndrome no Brasil, o que remete à pouca popularidade da fibromialgia embora seja bastante incidente, especialmente em mulheres
entre 45 e 60 anos.
Mais informações:  e-mail cristinacapela@uol.com.br
Dissertação orientada pela professora Amelia Pasqual Marques
Texto: Naila Okita – Agência USP de Notícias

sábado, 6 de outubro de 2012

Doença De Raynaud - Sinais, Sintomas E Tratamento Da Doença

Doença De Raynaud - Sinais, Sintomas E Tratamento Da Doença

O que é Doença de Raynaud?

Doença de Raynaud (Reinô) é uma condição que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo humano — mãos e pés, assim como os dedos destes, nariz, lóbulos das orelhas — quando submetidos a uma mudança de temperatura inferior ou estresse. Foi nomeada por Maurice Raynaud (1843-1881): médico francês que descreveu tal enfermidade pela primeira vez em 1862.

Sinais e Sintomas de Doença de Raynaud


Quando paciente da doença de Raynaud expõem as extremidades do corpo à baixas temperaturas, o suprimento de oxigênio se reduz, e torna a coloração da pele branca, empalidecida, além de fria e às vezes dormente. Quando o oxigênio é totalmente consumido pelas células, esgota-se, então a pele começa a adquirir uma coloração azulada ou roxa (chamada cianose). Estes eventos são episódicos -- com duração variando para cada pessoa de acordo com a gravidade da doença --, sendo que ao terminar o episódio a área é aquecida, retornando o fluxo de sangue por vasodilatação e rubor novamente a pele, às vezes apresentando formigamento e inchaço.

Na variação mais comum da doença de Raynaud há três mudanças de cores presentes (branco ou empalidecido; azul, roxo ou cianose; e avermelhado ou rubor). Apesar de alguns paciente não apresentarem todas as fases de mudanças de cores.



Tratamento

A gravidade da doença varia de média a severa. Em pessoas com casos intermediários, pode ser simplemente um episódio momentâneo devido a alguma situação inusitada, estressante. Casos mais graves podem requerir intervenção médica devido a risco de gangrena e possível amputação. Cirurgia microvascular da área afetada é tipo de terapia utilizada.

O tratamento da doença de Raynaud pode incluir receita médica para drogras de efeito vasodilatador, como bloqueadores do canal de cálcio (nifedipina). Casos medianos podem ser ministrados por técnicas de biofedback ou para controlar funções involuntárias do corpo, tal como a temperatura da pele; outro método alternativo consiste em ministrar niacina pois causa a dilatação do vasos sanguíneos, aumentando o fluxo de sangue na pele. Em casos graves, o procedimento de simpatectomia pode ser realizado: tal método consiste em cortar cirurgicamente os nervos que levam o sinal para os vasos sanguíneos dos dedos.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Depressão: NORMAL OU PSIQUIÁTRICA?



Generalidades
Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.
Como é? 
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:
  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Dificuldade de concentração
  • Alterações do apetite e do sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.
Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são: 
  • Pessimismo
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
  • Irritabilidade ou impaciência
  • Inquietação
  • Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
  • Chorar à-toa
  • Dificuldade para chorar
  • Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
  • Dificuldade de terminar as coisas que começou
  • Sentimento de pena de si mesmo
  • Persistência de pensamentos negativos
  • Queixas freqüentes
  • Sentimentos de culpa injustificáveis
  • Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual      
Diferentes tipo de depressão
Basicamente existem as depressões monopolares (este não é um termo usado oficialmente) e a depressão bipolar (este termo é oficial). O transtorno afetivo bipolar se caracteriza pela alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor. A depressão monopolar só tem fases depressivas. 
A identificação da depressão
Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.


Causa da Depressão
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.



Última Atualização: 8-10-2004
Ref. Bibliograf:
 Liv 01 Liv 19 Liv 03 Liv 17 Liv 13 Eur. Psychiatry 2001; 16: 327-335
Relapse and Recurrence Prevention in Major Depression
JG storesum
J Psychiatry Res. 2000; 48: 493-500
Severe Depression is Associated with Markedly Reduced Heart Rate?
Phillis K Stein Psychiatry Research 2001; 104: 175-181
Symptoms of Atypical Depression
Michael Posternak
Fonte: http://www.psicosite.com.br/tra/hum/depressao.htm

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

FIBROMIÁLGICOS - HOMENS SEMPRE SÃO PACIENTES " CONSUMIDOS " PELA VORACIDADE DE LUCRO DE NOSSO COMÉRCIO E INDÚSTRIA.


30/07/2011 - 14h18 - Atualizado em 30/07/2011 - 14h51
Grupo de Dor - SAO PAULO(SP)

MÉDICOS E MÉDICAS NÃO CONSEGUEM FAZER DIAGNÓSTICOS DE DISTÚRBIOS MENTAIS EM PACIENTES FIBROMIÁLGICOS MASCULINOS, E OS CONSIDERAM " INIMIGOS " DO TRABALHO : ERROS QUE FAVORECEM A MANUTENÇÃO DA ESCRAVIDÃO HUMANA NO BRASIL, SEGUINDO OS MOLDES DE ALGUNS PAÍSES ASIÁTICOS.

Uma desfocada observação de médicos e médicas das áreas de saúde e trababalho, tem insistido em considerar que os homens com diagnóstico de fibrormialgia apresentam alta taxa de esquiva para voltar às atividades normais de trabalho onde estavam inseridos.

Em síntese : esses homens querem ficar " numa boa " às custas dos cofres públicos, dizem entre sorrisos, até em CENTROS DE DOR , em Hospitais de NIVEL 4, como se fosse uma VERDADE ABSOLUTA. Quando não passam de raciocínios equivocados que levam a uma deformação da imagem de nossos trabalhadores do norte e nordeste, almas que vêm edificando com nobreza e abnegação a cidade de São Paulo, por exemplo.

E mais : um absurdo, partindo de ambiente médico que deveria esgotar todos os procedimentos possíveis para a reabilitação físico-mental de homens escravos da mantalidade capitalista de ganhar dinheiro a qualquer custo. Os HOMENS FIBROMIÁLGICOS já estão pré-sentenciados como preguiçosos, indolentes e mentirosos.

Alguns médicos - eles informam - chegam a jogar objetos no chão pedindo que eles catem para consolidar seus diagnósticos absurdos, porque primitivos.

Os fibromiálgicos masculinos , em quase toda a sua totalidade, provém de regiões paupérrinas do Norte , Nordeste e Minas Gerais, e foram espoliados pela máquina comercial e industrial das grande Metrópoles, em trabalhos insanos e em ambientes insalubres, horários os mais longos possíveis, sem alimentação mínima necessária a qualquer ser humano . Para chegar ao trabalho levantam às 3 horas da manhã e gastam mais de 4 ônibus , tomando apenas um cafezinho, sem pão e leite.
Organismos depauperados realizando atividades de verdadeiros burros de carga, até chegar à destruição parcial de suas estruturas músculo-esqueléticas e , por processos de sensibilização central e periférica, diagnosticados como portadores, também, de FIBROMIALGIA .

Pesquisadores incautos e apressados os entopem de antidepresssivos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e outros mais medicamentos, para proteger o estômago e o fígado desta agressão farmacêutica, e dão a sentença : APTO A VOLTAR AO TRABALHO.


Fonte: http://www.grupodador.com.br/?pg=cursos_neuro_ciencia&id=1237

sábado, 18 de agosto de 2012

Orquidário de Santos abre inscrições para aulas de tai chi chuan

16/08/2012 08h03 - Atualizado em 16/08/2012 08h58

Atividade tinha sido suspensa por conta da reforma do Orquidário.
Prática fortalece a saúde por meio do equilíbrio físico, energético e mental.


O Orquidário de Santos, que foi reaberto há cerca de dois meses, voltará a receber aulas de tai chi chuan. As inscrições para novos alunos foram abertas nesta quinta-feira (16).

As aulas do tai chi chuan no Orquidário acontecem há mais de 10 anos e foram suspensas devido as obras no local. Para o mestre Leitão, o espaço se tornou muito mais atraente. “O lugar potencializa os benefícios do tai chi, já que há o contato com a natureza”, diz ele.

o G1 Santos



O Orquidário de Santos, que foi reaberto há cerca de dois meses, voltará a receber aulas de tai chi chuan. As inscrições para novos alunos foram abertas nesta quinta-feira (16).

As aulas do tai chi chuan no Orquidário acontecem há mais de 10 anos e foram suspensas devido as obras no local. Para o mestre Leitão, o espaço se tornou muito mais atraente. “O lugar potencializa os benefícios do tai chi, já que há o contato com a natureza”, diz ele.

Um dos objetivos da prática deste estilo de arte marcial é melhorar e fortalecer a saúde por meio do equilíbrio físico, energético e mental. Segundo Augusto Leitão, mestre em tai chi chuan, o aluno pode desenvolver exercícios para flexibilidade, relaxamento e respiração. “Nós dizemos que é a iniciação, a introdução ao tai chi e também para aprender um pouco da meditação tauísta, para serenar o coração”, explica ele.

As inscrições devem ser feitas na Associação de Tai Chi Chuan Mestre Augusto Leitão, que fica na Rua Pedro Américo, 20, altos, sala 3, em Santos. É necessário entregar uma cópia do RG, foto 3 x 4 e um quilo de alimento não perecível. As adesões podem ser feitas até o próximo dia 21, das 10h às 13h e das 14h às 17h30. Há 50 vagas e as aulas, sempre às sextas-feiras, às 8h30, possuem uma hora de duração. Para se inscrever é preciso ter mais de 15 anos.

Detecting Fibromyalgia

Detecting Fibromyalgia

Tradução livre do Google... abaixo.


Detectando Fibromialgia

Controvérsia e descrença pela profissão médica tem sido associada a fibromialgia, simplesmente porque evidência objectiva na forma de raios X ou biópsias não pode ser encontrado.No entanto, com o uso de termografia, ou a medição do calor produzido por áreas do corpo, a síndrome é agora mais amplamente aceite por muitos, mas não todos, os médicos.
O que é fibromialgia?
Fibromialgia (fibrosite, myofibrocytis) é uma doença crônica, condição muscular dolorosa, caracterizada por dor nos músculos esqueléticos, tendões (que ligam os músculos aos ossos), ligamentos (que ligam os ossos aos ossos) e outros e bursa (saco-como estruturas que são preenchidos com fluido sinovial e fornecer lubrificação e nutrição para articulações). Recentemente, muito se tem escrito sobre esta desordem em revistas de saúde e jornais. Embora Hipócrates descrita pela primeira vez fibromialgia, foi apenas nos últimos anos muita atenção (e credibilidade), foi dada a esta síndrome.
Os sintomas
da fibromialgia é caracterizada por dor muscular generalizada e rigidez que dura mais de três meses, o sono pobre, com fadiga e rigidez matinal, sensibilidade em 11 dos 18 locais específicos, e os resultados dos testes de sangue normais. As áreas mais comuns são dolorosas da coluna cervical baixa, o ombro, a segunda costela, braço, nádegas e no joelho. Estes sintomas são muitas vezes agravada pelo stress ou uma mudança no tempo. Depressão, o que pode ser devido a um desequilíbrio químico no cérebro ou o desenvolvimento de dor crónica, é comum com fibromialgia. Praticamente toda a atividade física não só aumenta as queixas do paciente de dor, mas também faz com que os próximos dias miserável, produzindo dor muscular intensa.
Causas
Fibromialgia pode ser causada por trauma físico (por exemplo, um acidente de automóvel, uma queda súbita, ou até mesmo o trauma da cirurgia com anestesia geral).Este transtorno terrível também pode começar depois de uma doença como a gripe. Frequentemente, as mulheres experimentam os efeitos da fibromialgia, devido a alterações hormonais após uma histerectomia ou em todo o tempo do início da menopausa. Além disso, o trauma emocional repentino da perda de um ente querido pode desencadear a fibromialgia.
Muitos "especialistas" acham que os efeitos da fibromialgia apenas as pessoas com "um tipo" personalidades, mas esta noção não foi demonstrada quer por estatísticas ou pela experimentação científica. Ele pode atormentar as pessoas com todos os tipos de personalidades e estilos de vida, todas as faixas etárias e em todos os estados de saúde. No entanto, muitas pessoas que sofrem com a fibromialgia também sofrem com a ATM.
Condições Associadas à fibromialgia *
Muitas outras condições físicas são frequentemente encontrados junto com fibromialgia. Cada um destes pode ocorrer separadamente e fazer, no entanto, eles também são muito comumente associada com fibromialgia.
ATM : Muitos pacientes que sofrem com problemas de ATM também doente com fibromialgia.Infelizmente, muitos médicos (1) não reconhecem ou ATM ou fibromialgia ou (2) deixar de ver a ligação destas duas síndromes dolorosas. Fibromialgia quase sempre intensifica os sintomas dolorosos da ATM e quando uma ou ambas as articulações temporomandibulares são deslocados, a dor da fibromialgia no pescoço e parte superior das costas é muito ampliado. Ambos ATM e fibromialgia produzir semelhantes sintomas dolorosos nos músculos do pescoço, ombros, costas, rosto e cabeça, bem como muitas vezes causando tontura.
Síndrome de Fadiga Crônica : Esta desordem neurológica, como fibromialgia e ATM, muitas vezes é diagnosticada e na melhor das hipóteses, mal compreendido por muitos médicos. Além da fadiga crônica, CFS, como fibromialgia, produz dor e fraqueza muscular.
Síndrome do Cólon Irritável : Quase a metade de todos os pacientes com fibromialgia têm cólicas intestinais frequentes, diarreia grave e dor abdominal grave.
Depressão : Como acontece com a maioria das condições que produzem a dor crônica, a depressão é um problema comum na fibromialgia. Sintomas de depressão mais comuns incluem um sentimento de baixa auto-estima, desamparo, desesperança, falta de apetite, perda do desejo sexual, insônia, choro frequente, e falta básica de incentivos na vida.
Transtorno de Ansiedade e ataques de pânico : Muitas vezes, os que sofrem com a fibromialgia também experimentam extrema ansiedade e ataques de pânico, especialmente à noite.Eles podem despertar em terror, com o coração batendo rápido, sentindo seu peito apertado com um sentimento como se a respiração é impossível. O paciente sente-se convencido de que ele vai morrer. Existem muitas causas de tais ataques, e talvez alterações em determinados químicos do organismo produzidas em excesso com fibromialgia pode ser uma causa.
Problemas de concentração e de memória : Como aqueles que sofrem com a ATM grave, paciente com fibromialgia frequentemente relatam dificuldade de pensamento e até mesmo lembrar. Eles muitas vezes se esquecem de onde eles estacionaram o carro no shopping, por exemplo. Fatos simples e os números são frequentemente esquecidos. Compreensivelmente, uma grande frustração muitas vezes acompanha esses problemas de memória.
Bexiga Irritável : Aqueles com fibromialgia queixam-se frequentemente de urinar freqüente, dolorosa. Embora eles se sentem como se sua bexiga está infectado, exames de urina e sangue são negativos.
Prolapso mitral Valor : Pode haver uma correlação estatística com aqueles que sofrem com prolapso valor mitral (uma fraqueza no valor mitral do coração) e fibromialgia. Uma vez que o valor mitral é principalmente de tecido conjuntivo fibroso, talvez, o mesmo processo que os efeitos de outros tecidos conjuntivos do corpo (por exemplo, músculos, ligamentos, tendões e bursas) também prejudica o valor mitral do coração. *
Doença fibrocística da mama e endometriose : Embora não haja explicação conhecida (ainda!), tanto a doença fibrocística da mama e endometriose são vistos frequentemente em mulheres com fibromialgia *.
* Pellegrino, MJ. Fibromialgia: Gestão da Dor. Columbus: Anadem Publishing, 1993.
Tratamento
O tratamento da fibromialgia é fisioterapia,  injeções anestésicos gatilho ponto, gestão do stress, não-esteróides anti-inflamatórios, mudanças alimentares e medicamentos antidepressivos, especialmente na hora de dormir. Recentemente, tem havido uma série de pesquisas sobre o uso de ervas e remédios homeopáticos (por exemplo, a vitamina C, Rhux Tox melatonina, 6x, magnésio e muitos outros) no tratamento da fibromialgia. Um excelente artigo abordar esta e outras questões sobre fibromialgia apareceu no boletim de janeiro de 1996 da fibromialgia EUA Association (detalhes são apresentados a seguir sobre a Associação). O exercício físico, seguida por alongamento, e seguido pela aplicação de gelo, é muito benéfico. Uma das piores coisas que quem sofre de fibromialgia pode fazer é tornar-se sedentário e inativos. Você só vai ganhar peso, tornar-se deprimido, e perder todo o desejo de participar da vida.
ATM e fibromialgia
Muitos sofrem de fibromialgia também sofrem com problemas de ATM. Na verdade, cada um desses transtornos faz o outro muito pior do que se estivesse sozinho. Quando um ou ambos os ATMs são atingidos, os músculos da cabeça e pescoço automaticamente enrijecem, desenvolvem pontos de gatilho, e entre outros sintomas, intensifica os sintomas de fibromialgia. Infelizmente, muitos médicos que efetivamente tratam a fibromialgia, não entendem ou reconhecem ATM e vice-versa. Além disso, muitos pacientes que sofrem com a ATM tem sido diagnosticado como tendo fibromialgia.
Para mais informações sobre a fibromialgia, entre em contato :
EUA FIBROMIALGIA ASSOCIAÇÃO
PO Box 20408 Columbus, OH 43220
Telefone: (614) 764-8010 :            (614) 764-8010      

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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ABRAFIBRO NO FACEBOOK


Olá! Tenha uma semana abençoada!
Você já conhece a Abrafibro no facebook?
Pois é! No intuito de colocar os fibromiálgicos em atividades diversas temos alguns grupos para acolhe-los. São eles:

* Fibromialgia Associação https://www.facebook.com/groups/ABRAFIBRO/
* Abrafibro - Fibromiálgicos Artesãos e Artistas mostram sua artehttps://www.facebook.com/groups/fibroartesaoseartistas/
* Abrafibro - Sa
úde Alimentar https://www.facebook.com/groups/abrafibro.saude.alimentar/
* Abrafibro - Atividades Físicas https://www.facebook.com/groups/abrafibro.atividades.fisicas/

* E nosso parceiro no Apoio ao Fibromiálgico em Salvador/BA - FibroBahia. Acesse: https://www.facebook.com/FibroBahia

*E para quem gosta de novidades em pesquisas científicas sobre a fibro, temos nossa página - Abrafibro- Conhecimentos e Pesquisas Científicas da Sindr. de Fibromialgia.
Acesse: https://www.facebook.com/pages/Abrafibro-Conhecimentos-e-Pesquisas-Cient%C3%ADficas-da-Sindr-de-Fibromialgia/331558180218545

Você está em nosso blog, aproveite e explore as diversas matérias de seu interesse: www.abrafibro.blogspot.com
Divulgue!


* E para o espírito temos todos os dias, às 21 horas o Momento do Culto Ecumênico, no grupo "Fibromialgia Associação" ... é só se juntar ao grupo, e deixar falar a voz do coração.

Pronto! É isso, por enquanto, que a Abrafibro Assoc Bras Dos Fibromiálgicos tem a oferecer à vocês.

Revista Brasileira de Reumatologia - Uso de questionários para avaliar a multidimensionalidade e a qualidade de vida do fibromiálgico

Revista Brasileira de Reumatologia - Uso de questionários para avaliar a multidimensionalidade e a qualidade de vida do fibromiálgico

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

INSS MANDARÁ CARTA PARA QUEM TEM DIREITO A REVISÃO DE BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

Fonte: MPS - 06/08/2012 - Adaptado pelo Guia Trabalhista

Os segurados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem benefícios por incapacidade (aposentadoria por invalidez, auxílio-doença e pensão por morte) não devem procurar as Agências da Previdência Social para solicitar a revisão determinada pela Justiça (Ação Civil Publica nº 0002320-59.5012.403.6183/SP).

Também não devem procurar o atendimento eletrônico do Instituto, pois os procedimentos para aqueles que fazem jus à revisão serão automáticos.

Os segurados que têm direito ao reajuste ou a valores atrasados receberão uma carta em suas residências informando a data e o valor a ser pago. O INSS ainda está estudando o prazo para o envio dessas cartas, que ocorrerá provavelmente a partir de janeiro de 2013.

Quem tem direito

Os beneficiários que têm direito à revisão são aqueles cujos benefícios por incapacidade foram concedidos entre 1999 e 2009. É que, na época, o valor dos benefícios foi calculado levando em conta 100% dos salários de contribuição, quando o certo seria 80% dos maiores salários de contribuição, ou seja, foram considerados os 20% menores salários de contribuição.

Essa forma de calcular o valor do benefício prejudicou alguns segurados, principalmente aqueles que tinham menos de 144 contribuições de julho de 1994 à data da concessão do benefício.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Tratamento Complementar ou Alternativo?

Já que a medicina integrativa usa todas as terapias com comprovação científica em prol do bem-estar do paciente, seria ela uma medicina também alternativa?

A confusão com os termos é comum e, por isso, antes de prosseguirmos é importante fazermos duas definições. Definimos medicina alternativa como aquela que preconiza terapias que excluem o tratamento convencional. Por exemplo, o uso de um fitoterápico em substituição à quimioterapia para tratar um tumor. A medicina complementar por sua vez usa terapias e orientações médicas que, como o próprio nome enfatiza, são complementares ao tratamento convencional. No mesmo exemplo, seria o uso da acupuntura para diminuir as náuseas provocadas pela quimioterapia. E é nessa segunda definição que se enquadra a abordagem preconizada pela medicina integrativa.

O propósito é integrar. Juntos, médico e paciente traçam um plano de sobrevivência e busca de bem-estar, mesmo nos quadros mais graves. Para que isso seja possível, é necessário que o médico esteja apto para validar as práticas já trazidas pelo paciente, estimulando o diálogo e fornecendo dados científicos embasados para isso, abrindo espaço, inclusive, para discutir uma possível associação com o tratamento convencional. O entendimento principal é de que terapias que podem ser recomendadas são as que têm evidências de sua eficácia e segurança, como a prática de meditação. As que podem ser aceitas são aquelas com segurança comprovada por pesquisas, mas com eficácia ainda não indicada, por exemplo, sessões de shiatsu. Práticas comprovadamente perigosas e ineficazes, como a associação de alguns fitoterápicos, devem ser desencorajadas e suspensas.

Essa abertura é muito importante para que as opções complementares sejam usadas a favor dos pacientes, que em momentos de fragilidade tendem a aderir a tratamentos sem relatarem a seus médicos. Pesquisas mostram que boa parte dos pacientes oncológicos brasileiros usa práticas complementares ao tratamento convencional. Os dados são alinhados com os americanos - e provavelmente com os do resto do mundo ociental. Trabalho feito no Centro de Medicina Integrativa do Memorial Sloan Kettering Center, em Nova York, publicado na revista científica Oncologist revela que 69% a 80% dos pacientes com câncer usam fitoterápicos, suplementos vitamínicos, orientações nutricionais e acupuntura, entre outros. Cerca de 70% deles não relataram o uso aos seus médicos - inclusive pelo fato de eles não abordarem o tema em suas consultas.

A crescente busca por essas opções está relacionada à redução de efeitos colaterais das drogas, com a sensação de autocuidado e controle no tratamento, com a busca do aumento de bem-estar e qualidade de vida, maximizando a resposta do corpo ao tratamento. Sensações de medo, depressão e ansiedade também são mais bem trabalhadas com auxílio de terapias complementares. Além disso, doenças antes associadas à morte hoje são vivenciadas como crônicas, que nem por isso deixam de provocar incômodos ou limitações, e levam os pacientes a buscas que os ajudem a conviver melhor com seus sintomas.

Uma iniciativa interessante está em curso no Beth Israel Medical Center, em Nova York (EUA), patrocinada pela Fundação Dona Karan. Professores de ioga foram convocados para darem aulas para pacientes oncológicos e enfermeiras estão aprendendo técnicas de relaxamento. Os pacientes estão sendo acompanhados para que seja possível avaliar se a prática da ioga reduz sintomas clássicos do câncer e da quimioterapia, como dores, náusea e ansiedade. Experimentos e iniciativas do tipo estão sendo adotadas com sucesso e custos reduzidos em hospitais e unidades de saúde em várias partes do mundo. Em São Paulo mesmo, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pesquisa há anos, com resultados bastante animadores, a influência da meditação e das técnicas de biofeedback em transtornos de ansiedade e distúrbios alimentares.

O Hospital Israelita Albert Einstein também tem levado a medicina integrativa a pacientes que convivem com o câncer. As ações do tipo têm sido chamadas de intervenções em estilo de vida.

Razões que estimulam pessoas com câncer a utilizar terapias complementares

  • Auxilio no tratamento dos efeitos colaterais aos tratamentos de câncer, como náusea, dor e fadiga
  • Obtenção de conforto e alívio das aflições decorrentes do tratamento, e conseqüente estresse
  • Sensação de estar fazendo "algo mais" por si mesmo
  • Tentativa de conseguir o melhor para o tratamento e a cura do câncer

Fazendo escolhas

É natural ao ser humano o desejo de lutar contra o câncer de todas as maneiras possíveis. Existe muita informação disponível, e novos métodos de tratamento do câncer estão sendo testados. Em conseqüência de tanta informação, torna-se difícil saber por onde começar. As terapias complementares não são totalmente eficazes para todos os pacientes, porém alguns métodos sempre serão úteis no manejo do estresse, náuseas, dores e outros sintomas ou efeitos colaterais.

Uma mensagem importante é que se procure sempre falar com o medico responsável ao iniciar qualquer nova pratica. Esta atitude irá assegurar que nada poderá interferir no direcionamento do tratamento proposto.